Encontro do Regional Sul 3 da CNBB destaca as novas diretrizes gerais da Igreja e o protagonismo dos leigos
De 03 a 07 de junho, o Centro de Espiritualidade Cristo Rei (CECREI) sediou a Assembleia Regional da Ação Evangelizadora, que reuniu todos os bispos, coordenadores diocesanos, de pastorais e serviços do Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro teve como tema principal as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no país e buscou refletir essas ideias, trazendo para as realidades presentes no Rio Grande do Sul.
Para o Presidente do Regional Sul 3, Dom José Gislon, a Assembleia quer trazer para dentro da Igreja no Rio Grande do Sul as linhas de ação de tudo o que foi pensado a partir das diretrizes nacionais. “É o momento de olharmos o caminho que nós percorremos e aquele que vamos percorrer nos próximos anos. Precisamos de uma igreja que responda a realidade atual. Sentimos que a sociedade tem uma grande sede de espiritualidade, e nós, como Igreja devemos dar uma resposta. Mas, para isso, queremos percorrer esse caminho em comunhão, com todas as igrejas, dioceses, pastorais e movimentos, revelando nossa vida de fé e nossa missão no mundo de hoje”, disse Dom José.
As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil
As novas Diretrizes Gerais da Igreja no país são sustentadas por quatro pilares: a Palavra, que aprofunda a iniciação à vida cristã e bíblica, bem como a ideia de ter comunidades fundadas em torno da palavra; o Pão, que contempla a liturgia e a busca por viver a espiritualidade rumo à santidade tal, como defende o Papa Francisco; a Caridade, que aponta a necessidade das comunidades se preocuparem com os que mais sofrem e a defesa da vida em todos os sentidos; a Missão, a exemplo do que pede o Papa, no sentido de que a comunidade se realiza quando ela sai em missão e vai ao encontro das periferias existenciais. Diante dessas propostas, o encontro dos membros da Igreja no Rio Grande do Sul buscou refletir essas ideias em dois eixos principais no estado: Mundo Urbano e evangelização no RS: cenários e desafios; e Comunidades eclesiais missionárias.
O aspecto missionário da Igreja junto à comunidade foi enaltecido por Dom Adilson Pedro Buzin, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre. “Esse ano estamos celebrando 25 anos de presença missionária do Regional Sul 3 em Moçambique, indo ao encontro do convite do Papa Francisco, que estabeleceu outubro de 2019 como o mês missionário extraordinário. Creio que esse é um momento importante de irmos ao encontro do convite do Papa, em reforçarmos as igrejas irmãs, em um gesto de cooperação e o compromisso da Igreja com a sociedade”, disse Dom Adilson.
Caminhada em comunhão e o protagonismo dos leigos
Presente no encontro, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, Dom Leomar Brustolin, salientou as diretrizes em nível nacional, explicando que agora o Rio Grande do Sul discute essas ações com o clero, o laicato e os religiosos que integram a Igreja no estado. “A assembleia busca trazer essa realidade, para ver o ‘rosto gaúcho’ da Igreja, com os desafios e as possibilidades para implantar essas diretrizes, que têm uma preocupação muito grande com as questões sociais, como a mobilidade humana, as questões pessoais, humanitárias e ambientais”.
Para falar da caminhada conjunta entre Igreja e sociedade, Dom Leomar citou o Papa Francisco, que diz ser ‘preciso uma pedagogia que nos leve a transformar a sociedade diante das injustiças, diante dos clamores do nosso tempo’. “As perguntas mudaram e as respostas não são mais as mesmas. Para isso, o protagonismo dos leigos é fundamental. O clero é indispensável, mas a Igreja precisa da ajuda do laicato, do reconhecimento e do protagonismo de homens e mulheres que trabalham na sociedade plural, cheia de questões novas e que nós possamos caminhar juntos”.
Fonte: Assessoria de Comunicação ASAV
Fotos: Divulgação