CECREI realizou encontro de meditação com a Monja Coen
Em um modelo híbrido, com uma parte on-line e outra presencial, o Centro de Espiritualidade Cristo Rei (CECREI) promoveu um encontro de meditação com a missionária budista Monja Coen Roshi, nos dias 3, 4 e 5 de setembro.
O evento inaugurou o formato misto de realização, auxiliado pelo uso de novas tecnologias. Na visão de Monja Coen, “aulas, palestras e encontros com pessoas de toda e qualquer parte do planeta fazem da pandemia um momento de nos percebermos interligados a tudo e a todos. Podemos sentir e nos lembrar que todos pertencemos à mesma família biológica, a família humana”. A missionária compartilhou sua esperança “que a partir desta percepção, possamos nos respeitar e cuidar da vida do planeta e de todos os seres com mais afeto, sabedoria e compaixão”.
Apostando no diálogo inter-religioso como um caminho de reflexão, respeito e união, Luis Felipe Leifheit, diretor do CECREI, comentou a oportunidade: “Foi uma experiência bastante positiva e agradável, porque quando a gente conhece outras culturas, a gente também se aproxima daquilo que nos une na diferença”. Ele contou que se sentiu motivado a valorizar, cada vez mais, a cultura da paz.
Durante os três dias, a Monja Coen (de maneira remota) e seu monge assistente presencialmente no CECREI, acompanharam os participantes em uma jornada de autoconhecimento e busca por qualidade de vida, que valorizou o silêncio e potencializou a concentração e o autocontrole como elementos de redução do estresse e da ansiedade. Monja Coen afirmou que a estrutura do Centro de Espiritualidade facilitou o processo meditativo pela natureza que cerca as edificações, e pela postura dos colaboradores. Para ela, mesmo as pessoas que ficaram em suas casas e participaram via internet, puderam sentir “a força e a presença sagrada que está invisivelmente impressa no CECREI”.
A monja também comentou sobre os cuidados durante a pandemia: “os aposentos, banheiros e as mesas de alimentação individuais facilitam que ninguém se contagie ou seja contagiado pelo vírus. Foi nossa primeira experiência presencial desde março de 2020. Todos ficaram muito gratos, pois fomos contagiados pelo amor, respeito, conhecimento e prazer na existência. A introspecção e o silêncio facilitaram a procura pela essência do ser, que habita o mais íntimo de cada um de nós”. Após a experiência, a missionária de tradição budista aconselhou: “recomendo o Centro de Espiritualidade Cristo Rei a todos que queiram encontrar a verdade, atravessar as camadas superficiais de compreensão de si e da vida, para ter o encontro verdadeiro”.
Participante do encontro na modalidade presencial, Fábio Rodrigo Carvalho, analista de suporte em Comunicações da Associação Antônio Vieira (ASAV), também destacou o espaço como acolhedor: “o lugar, a alimentação, o silêncio, as acomodações e as pessoas do CECREI fizeram a diferença”. Ele contou que o grande aprendizado que levou do evento foi a diferença entre rigidez e disciplina. “É possível ser disciplinado sem ser rígido na tomada de decisões, na postura, nas relações e na vida”, afirmou.
Sobre a experiência com o silêncio, Fábio concluiu: “Se por um lado temos que encarar a realidade e os desafios da vida no dia a dia, esse pequeno momento de silêncio nos dá uma noção de que é possível, mesmo no aparente caos que a vida impõe, ter um espaço dentro de nós mesmos em que essa sensação de equilíbrio é sólida”.